Existem variados motivos para se abrir um negócio. Na área da cafetaria, muitas vezes, vimos negócios a nascer pela necessidade da criação do próprio posto de trabalho do empresário. Quando isto acontece, e, como a ansiedade é muita, cometem-se erros em quantidade e qualidade que podem comprometer o sucesso do negócio.
Desde do ano 2000 que trabalhamos em contabilidade, e, durante todo este tempo, assistimos a uma imensidão de erros cometidos por empresários que arruinaram os seus próprios negócios. Isto, porque não souberam identificar os erros para corrigir, nem aceitaram ajuda.
De seguida, vamos falar de alguns erros, sobretudo no ramo da cafetaria:
Muito poucos são aqueles que estudam o mercado onde querem atuar. Numa primeira fase, o sonho comanda e “abafa” o raciocínio, e, estes potenciais empresários só vêm sucessos e nunca fragilidades. Nada de mais errado.
Esta é seguramente a fase mais importante antes de abrir um café ou pastelaria. O empresário não precisa ser nenhum mestre em finanças para fazer este estudo, é, essencialmente um trabalhos de terreno.
Para pesquisar o mercado, basta reservar dois ou três meses (depende da localidade) e percorrer toda a zona onde provavelmente o negócio irá nascer. Será um apanhado visual de fatos sendo conveniente registá-los para mais tarde estudá-los.
O que precisa saber?
Quantos são os cafés, snack’s, pastelarias existentes; qual o volume de clientes de cada um destes estabelecimentos e quais os horários com maior movimento; quais os preços praticados; o que mais é vendido em cada um destes espaços; qual a faixa etária dos clientes em cada um destes estabelecimentos, etc…
Este é um trabalho de paciência em que o futuro empresário se faz passar por cliente e tira uma radiografia aos negócios. Parece difícil, mas é necessário!
Sem o estudo de mercado acima referido, o empresário arrisca-se a ter produtos ou serviços que ninguém quer ou mesmo não compensar tê-los para venda.
É fundamental conhecer o potencial cliente do futuro estabelecimento: casados ou solteiros, com ou sem filhos, com hábitos de consumo fora de casa ou não, o que consomem nos cafés, tomam pequeno almoço fora ou em casa, etc …
O segmento de mercado será a localidade em si, mas, é fundamental traçar uma ou mais “personas” para o negócio. Conhecendo as “personas”, a comunicação será fácil e assertiva, assim como o espaço terá exatamente aquilo que as pessoas daquela localidade esperam de um café ou pastelaria daquele tipo. Isto consegue-se estudando o mercado!
Quando não existe estudo de mercado, o futuro empresário não sabe como a concorrência trabalha.
É inteligente, registar tudo o que vê fazer nos seus concorrentes. Visite os espaços com a maior clientela da região e tente perceber o porquê dos clientes o preferirem. Algo nesses estabelecimentos está a atrair clientes e acredite que não é sorte, isso, não existe em negócios. A falta de sorte é a desculpa dos falhados.
Hoje, um negócio sem marketing é como se não existisse. Os negócios têm que estar na palma das mãos dos clientes e isso consegue-se através de um bom marketing digital.
Este é um grande erro que os empresários cometem, não se promovem de forma alguma. Praticam o marketing de esperança, de porta aberta com a esperança que o cliente apareça.
São poucos os empresários que sabem a margem que os seus estabelecimentos libertam. Isto acontece porque não sabem fazer essas contas e mesmo que os contabilistas os queiram ajudar eles não aceitam. Por vezes as margens não são as suficientes e o negócio não liberta dinheiro em quantidade suficiente para se sustentar.
Existe uma grande admiração dos empresários quando têm clientes, boas vendas mas o dinheiro nunca chega.
É normal o empresário desvalorizar as rotinas de gestão e financeiras do seu próprio negócio. Para muitos deles, está enraizada a ideia que essa é uma tarefa dos contabilistas. Nada de mais errado.
A gestão financeira do negócio deve ser planeada pelo menos para o curto prazo (12 meses), mas, todas as outras contas do negócio devem também ser devidamente acauteladas.
Sem planeamento, nenhum empresário saberá se o negócio está no bom caminho. Quando não se conhece o destino (a meta), não se conhece o caminho para lá chegar.
Alguns praticam uma gestão da esperança. Têm esperança que corra tudo bem.
Na área da cafetaria, os dinheiros, são uma verdadeira desgraça. Neste artigo, temos vindo a chamar empresários aos donos deste negócios, mas, fica uma pergunta: Serão mesmo empresários?
O verdadeiro empresário não retira capacidade financeira ao negócio, servindo-se dos dinheiros produzidos pelo mesmo para benefício próprio. Um exemplo muito real e habitual é o fato de nas compras que fazem para os estabelecimentos, acrescentarem compras para levar para casa. Erros gravíssimo este.
Nos negócios, os erros, são também muito importantes. Poderíamos dizer, que o oitavo grande erro de qualquer empresário é não aprender com os erros deles ou dos outros.
Muitos dos gestores que cometeram grandes erros, foram contratados por grandes empresas, porque, pelo menos, sabem como não voltar a errar.
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Gostei das dicas porque ate estou aplanear em abrir um snack-bar
👍 Muito bem, planear é o caminho.
Alguns empresários, antes de abrirem os seus negócios, diziam: “Deus vai-me ajudar”. 😒
Nada de mais errado, é o empresário que tem de trabalhar duro para tudo dar certo.
Obrigado pelo comentário e boa sorte para o novo negócio 😊