Queres ter um restaurante de sucesso? Tens que entender os gastos fixos e variáveis.

A não compreensão destes conceitos, é o grande passo de qualquer empresário da restauração, para a falência do negócio. Tens dúvidas?

Quando o empresário da restauração não domina a gestão e o seu ego, não o deixa pedir ajuda a quem sabe, é muito difícil ter sucesso no negócio. Aliás, muitos dos restaurantes de norte a sul do país, não conseguem ganhar dinheiro, mesmo que aparentemente não o demonstrem. 

É muito importante perceber que tipo de gastos tem um restaurante e dominá-los.

Num restaurante, os gastos podem ser classificados em duas categorias principais: gastos fixos e gastos variáveis. Compreender a diferença entre estes tipos de gastos é crucial para uma gestão financeira eficaz.

Gastos Fixos

Os gastos fixos são aqueles que permanecem constantes independentemente do volume de negócios ou da quantidade de clientes atendidos. Segue alguns exemplos comuns de gastos fixos:

  1. Renda: o custo mensal do espaço onde o restaurante está localizado.
  2. Salários e encargos sociais: salários do pessoal administrativo, gerentes e outros funcionários que recebem um pagamento regular.
  3. Seguros: gastos de seguros, incluindo seguros de propriedade, responsabilidade civil, entre outros.
  4. Marketing e publicidade: gastos regulares com campanhas de marketing e publicidade que não variam significativamente com as vendas.
  5. Comunicações: telefone e serviços de internet.
  6. Contabilidade: serviços de contabilidade e apoio á gestão..

Gastos Variáveis

Os gastos variáveis, por outro lado, mudam de acordo com o volume de negócios ou a quantidade de clientes atendidos. Exemplos de gastos variáveis:

  1. Gastos dos ingredientes: o principal gasto variável, que muda conforme a quantidade de comida preparada e vendida.
  2. Salários afectos a cozinha e operação: salários do pessoal de cozinha e atendimento que poderão ser pagos em função do movimento do restaurante.
  3. Energia: gastos com eletricidade, gás e água que podem variar em função da atividade no restaurante.
  4. Materiais diversos: gastos com guardanapos, talheres descartáveis, embalagens para take-away, etc.
  5. Manutenção e reparações: gastos de manutenção e reparações que podem variar dependendo do uso e desgaste dos equipamentos.
  6. Marketing variável: gastos adicionais com promoções específicas ou campanhas sazonais que não são recorrentes.

Outros Gastos

Além dos gastos fixos e variáveis, há outros gastos que podem não se enquadrar perfeitamente nessas categorias, como:

  1. Equipamento e mobiliário: a compra de novos equipamentos ou substituição de itens antigos, que pode ter um custo pontual significativo.
  2. Desperdício e quebras: perdas devido a desperdício de alimentos ou quebra de utensílios, que podem variar mas são difíceis de prever com precisão.

Importância da distinção entre gastos Fixos e Variáveis

Compreender a distinção entre gastos fixos e variáveis é essencial para as várias áreas da gestão do restaurante:

  1. Planeamento financeiro: ajuda a prever as despesas mensais e a definir metas de receita para cobrir os custos e obter lucro.
  2. Definição de preços: permite calcular o preço de venda necessário para cobrir todos os custos e ainda obter lucro.
  3. Análise de rentabilidade: ajuda a identificar quais produtos ou serviços são mais rentáveis e onde podem ser feitas melhorias.
  4. Gestão de fluxo de caixa: a compreensão dos custos fixos e variáveis ajuda a gerir o fluxo de caixa, garantindo que haja sempre fundos suficientes para cobrir as despesas essenciais.

Ao gerir um restaurante, é crucial monitorizar e analisar regularmente tanto os custos/gastos fixos e variáveis para garantir um restaurante eficiente e sobretudo lucrativo.

Tens dúvidas?

É provável que te estejas a sentir o melhor gestor de sempre, mas, o teu restaurante, tem lucro? Não te esqueças que lucro não é dinheiro na conta bancária, nem listagens de faturação. Lucro é o que sobra!

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